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Tiolino
#tradicional #cabo verde
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Nascido em João Galego (Boavista - Cabo Verde), terra que viu nascer grandes artistas e tocadores de violão, entre eles o seu pai, Tiolino começou a rabiscar as suas composições ainda na adolescência.
Nessa tenra idade era ainda influenciado pelas tendências e sonoridades musicais que a juventude do seu tempo consumia, estilos que viajavam fora da esfera mais tradicional. O ponto de viragem que se verificou nas suas composições deu-se quando o artista foi estudar na antiga União Soviética. Ali, num contexto novo e estranho, a nostalgia falou mais alto e sentiu-se impelido a compor canções que navegassem em águas mais tradicionais, a rebuscar histórias e melodias que narrassem a mundivivência das ilhas como forma de mitigar a saudade e a distância.
Em 2007 lança o seu primeiro trabalho, Rua Dreita, uma espécie de homenagem à rua que o viu nascer. Produzido com a chancela da Editora Harmonia, do reconhecido produtor musical Djô da Silva, que trabalhou com artistas de renome como Cesária Évora, Lura entre outros, o referido álbum foi o resultado de experiências e vivências únicas de um assumido "homem kabrer", expressão carinhosa que se dá aos naturais da sua ilha. No entanto, a beleza e riqueza das composições e sonoridades do referido álbum trespassam a Boavista e abraçam o infinito imenso das Ilhas - ou não fosse Tiolino grande fã e admirador do afamado compositor Manuel D'Novas.
Com Rua Dreita Tiolino pisou grandes palcos no país e na Diáspora, tais como os festivais de Santa Maria no Sal e de Praia de Cruz, na Boavista, festivais de morna por todas as Ilhas e no estrangeiro, mas diz o próprio que o palco que mais o marcou enquanto artista foi a sala de espetáculos "New Morning", em Paris.
Produzido pela "Boa Música", com a Direção Musical de Bau, 100% Kabrer, o seu segundo álbum de originais, continua a ser um disco profundamente enraizado nos costumes e vivências da Ilha das Dunas, mas nem por isso deixa de ser um trabalho que abraça Cabo Verde no seu todo. Constituído por 13 faixas, trata-se de um álbum cozido em lume brando, preparado com a paciência e o requinte artísticos que um trabalho do género requer. Mais uma vez, nesta obra, Tiolino viaja por quase todos os géneros que pintam o universo musical tradicional cabo-verdiano, porém, desta vez, decorando uma ou outra faixa com um cheirinho de estilos e melodias mais universais.
